O que é o Vegetarianismo? É seguro? O que compõe a dieta vegetariana?

Historicamente e conceitualmente, o Vegetarianismo é uma alimentação baseada em vegetais, sem a inclusão de produtos de origem animal, mesmo aqueles que não resultaram “diretamente” na morte do animal.

Vegetarianas e vegetarianos são pessoas que não comem bois, vacas, galinhas, porcos, peixes, ovos, laticínios, mel, gelatina, cochonilha (inseto usado como corante em produtos de supermercado) ou qualquer item de origem animal.

 

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O Vegetarianismo é perfeitamente saudável e com ele podemos atingir as necessidades nutricionais humanas numa boa, desde que feito de maneira minimamente correta, é claro.

A dieta vegetariana possui respaldo de diversas instituições de saúde como a ADA, PCRM (Physicians Committee for Responsible – Comitê de Médicos por uma Medicina Responsável), o CRN-3 (Conselho de Nutrição do Estado de SP e Mato Grosso do Sul), entre outras e pode ser praticada por crianças, adolescentes, adultos, idosos, homens, mulheres, gestantes, atletas, em toda e qualquer fase da vida. É preciso quebrar e refletir sobre esses e muitos outros mitos! 😉

Basicamente, uma boa variação de cores no prato consiste, por si só, em um prato vegetariano saudável com a presença de alimentos que contenham proteínas, sais minerais, carboidratos, lipídeos e vitaminas para “dar e vender”.

O Vegetarianismo pode e deve ser adaptado as diferentes necessidades e estilos de vida, desde as mais “naturebas” até as pessoas adeptas de Fast foods, Junk foods, etc.

 

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A prática do vegetarianismo pode ser vista por alguns como uma restrição alimentar. Essa visão, porém, é enganosa. A retirada de alguns itens (carnes, leite, ovos, mel, etc) pode parecer uma restrição apenas para populações que limitam sua alimentação (e consequentemente sua visão) a esses poucos itens.

Vegetarianos tendem a se alimentar com uma variedade maior de alimentos do que não-vegetarianos e isso por si só torna o vegetarianismo uma dieta menos restritiva.

Por esse motivo enfatizamos que o vegetarianismo não significa apenas a exclusão da carne, dos laticínios e dos ovos da dieta, mas significa também a inclusão de uma gigantesca gama de alimentos e pratos talvez ainda nem conhecidos.

Podendo incluir, por exemplo, os vegetais de épocas e localidades diversas, ingredientes e refeições tipicamente regionais, as “famosas” plantas alimentícias não-convencionais (PANCs) e também pratos populares de outras nacionalidades, principalmente de culinárias milenares, como a culinária árabe com seu Falafel, a francesa com seu Ratatouille, a chinesa com seu Mabo Tofu, Shimeji, Harumaki e Shitake, a culinária japonesa com seu Wakame, Yakissoba e Tempurá de legumes ou a culinária italiana com suas massas e Pizzas, etc.

A alimentação vegetariana é composta por inúmeros cereais, grãos, verduras, legumes, frutas, sementes e nozes, portanto, a alimentação vegetariana é ampla, nutritiva, colorida, acessível (principalmente em um país tropical como o nosso) e ainda é extremamente saborosa.

 

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Segundo a Sociedade Vegana (do Brasil), há uma confusão em relação aos termos “vegetariano” e “vegetarianismo”. Muitas pessoas sem conhecimento aprofundado sobre o assunto associam-nos a correntes dietéticas como o naturalismo e a macrobiótica; ou consideram que vegetarianos são aqueles que não consomem carne vermelha, mas que comem carne branca, ovos, leite ou mel.

Uma outra definição errônea de “vegetarianismo” é aquela que cria uma classificação artificial que permite estratificar “vegetarianos” de acordo com os produtos de origem animal que eles comem, criando uma falsa ideia de que existam “tipos de vegetarianismo”.

Comer vegetais, ainda que sejam muitos, não transforma uma pessoa em vegetariana. Se assim fosse, boa parte das pessoas poderiam denominar-se vegetarianas, porque colocam bastante vegetal em seus pratos, não é mesmo?

No entanto, muitas pessoas confundem esse conceito tão simples de que “Vegetarianismo é o consumo de vegetais” e parece que acreditam que peixes são ‘frutos’ para dar em árvores, ovos da galinha brotam da terra e queijo é fruta, portanto, deem um toque camarada em seu amigo quando ele estiver falando “abobrinha” {com queijo} por aí.

Se no prato de alguém vai qualquer produto de origem animal, mesmo que esses produtos estejam tão disfarçados que a gente não veja nenhum derivado do animal ali, esse prato não é vegetariano, ainda que os vegetais estejam rodeando a carne do peixe ou estejam por cima dos queijos.

Há também derivados animais menos visíveis, como o corante cochonilha (carmim). Não se vê nada dos 75 mil insetos usados para se produzir 500 gramas daquele corante largamente utilizado em muitas bolachas, gelatinas, refrigerantes, sorvetes, etc, mas eles estão ali.

 

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Algumas pessoas podem ficar com um certo nojo desse trecho em especial, mas é importante salientar que a principal motivação que leva à adoção do vegetarianismo é a ética. O vegetarianismo ético é uma forma virtuosa de se alinhar a alimentação com o respeito aos Direitos Animais.